quinta-feira, 17 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
um vapor lilás e transparente
um vapor lilás e transparente
pensei que nas escolas desnudariam os efebos antigos como estátuas de jardim. pintava sem cessar, pintava até deixar de pintar, as imagens fixas aborreciam-me, a pintura também. e um dia ofereci o material de pintura e dormi descansado, tinha ludibriado o destino que me haviam preparado. o sexo acordou húmido, angustiado, silencioso. houve silêncios inexplicáveis no sexo e na alma. mas não voltei a pintar. o céu estava sulcado de rostos, túmulos, máscaras de água, inscrições premonitórias. chegara o momento de começar a escrever. perscrutava as nuvens vermelhas, os sóis que gemem e caem com estrondo sobre o peito. já não conseguía sentir, só escrevia. felizes daqueles que pintam ou escrevem convencidos que isso os salvará. eu estava perdido e sabia-o.
Al Berto
A imagem é um pormenor da tela em que no momento estou a trabalhar
segunda-feira, 7 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Colocamos tanto azul na distância ...
We put such blue in this distance
Não, não é cansaço...
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.