terça-feira, 18 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
sábado, 24 de maio de 2008
sexta-feira, 9 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
...lá fora anoiteceu.
tudo se despedaçou. o sonho , e o amor que é sempre tão breve. o mundo dorme sob o vento. só eu continuo acordado, em vigília. se houvesse agora uma catástrofe eu daria por ela. levantar-me-ia daqui para encarar a morte, dizer-lhe que são inutilidades o que arrasta consigo.
estou gasto. dei-me sempre mais do que podia. não há nada que me possam roubar, sou um homem espoliado de todos os bens, de todas as doenças, de todas as emoções. sou um corpo pronto para a viagem sem regresso, para o crime e para a morte. sou um corpo que se evita, um homem cujo nome se perdeu e cuja biografia possível está no pouco que escreveu. sou um corpo sem nacionalidade, pertenço às profundidades dos oceanos, ao voo da ave migrante. sou um alfabeto e não sei se terei tempo para me decifrar.
lá fora anoiteceu.
sábado, 3 de maio de 2008
Imagem digital
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Textura
quinta-feira, 17 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
um vapor lilás e transparente
um vapor lilás e transparente
pensei que nas escolas desnudariam os efebos antigos como estátuas de jardim. pintava sem cessar, pintava até deixar de pintar, as imagens fixas aborreciam-me, a pintura também. e um dia ofereci o material de pintura e dormi descansado, tinha ludibriado o destino que me haviam preparado. o sexo acordou húmido, angustiado, silencioso. houve silêncios inexplicáveis no sexo e na alma. mas não voltei a pintar. o céu estava sulcado de rostos, túmulos, máscaras de água, inscrições premonitórias. chegara o momento de começar a escrever. perscrutava as nuvens vermelhas, os sóis que gemem e caem com estrondo sobre o peito. já não conseguía sentir, só escrevia. felizes daqueles que pintam ou escrevem convencidos que isso os salvará. eu estava perdido e sabia-o.
Al Berto
A imagem é um pormenor da tela em que no momento estou a trabalhar
segunda-feira, 7 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Colocamos tanto azul na distância ...
We put such blue in this distance
Não, não é cansaço...
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar.
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Natureza Morta
Apesar de não ter corrido mal e o resultado final ser positivo, definitivamente isto não é o que gosto de fazer e tão cedo não vou repetir...